A Erisipela é um quadro que pode sofrer muitas complicações e se tornar grave. Com sintomas como lesões avermelhadas e com dor e mal-estar generalizado, a doença comumente é associada a problemas de circulação ou a fatores que funcionam como portas de entrada para a instalação da infecção. Entenda mais sobre a patologia acompanhando o material a seguir!
O que é Erisipela?
A erisipela é uma infecção bacteriana na derme e tecido adiposo adjacente, que envolve uma grande participação do sistema linfático. Normalmente, a patologia está associada a alguma doença que facilita a instalação desse quadro, as chamadas “portas de entrada”, como por exemplo, úlcera venosa crônica, picada de insetos, manipulação inadequada das unhas e ferimentos na pele. As pessoas que têm problemas de circulação, imunidade baixa ou obesidade tendem a ser mais suscetíveis à erisipela.
A erisipela é uma infecção cutânea aguda que afeta as camadas mais superficiais da pele e tecidos subjacentes. É causada por bactérias, principalmente Streptococcus pyogenes, que entram na pele através de uma lesão ou ferida. A erisipela geralmente ocorre na perna, mas pode ocorrer em outras partes do corpo, como braços e rosto. É uma condição que pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em idosos e em pessoas com sistema imunológico comprometido.
Quais são os fatores de risco para Erisipela?
A Erisipela é uma infecção bacteriana que se instala por portas de entrada e se dissemina com suporte do sistema linfático. Infecções fúngicas, como micoses e frieiras, úlceras e linfedema são as portas de entrada mais comuns.
A erisipela e o linfedema têm relação direta. Linfedema aumenta a probabilidade de desenvolvimento do inchaço local por acúmulo de linfa. E a instauração por um longo tempo da erisipela aumenta a dificuldade de drenagem da linfa, levando ao risco de desenvolvimento de edema.
A erisipela é uma infecção cutânea causada por bactérias, geralmente estreptococos, que afeta a pele e o tecido subcutâneo. Outros dos fatores de risco para erisipela incluem:
- Danos na pele: feridas abertas, cortes, arranhões, picadas de insetos, úlceras ou outras lesões na pele aumentam o risco de infecção.
- Problemas circulatórios: problemas circulatórios, como insuficiência venosa crônica, varizes, linfedema e trombose venosa profunda, podem comprometer a função imunológica local e aumentar o risco de infecção.
- Diabetes: pessoas com diabetes têm um risco maior de desenvolver infecções cutâneas devido à sua diminuição da imunidade e dificuldades circulatórias.
- Obesidade: pessoas com obesidade podem ter dificuldade em manter a higiene adequada da pele, o que aumenta o risco de infecção.
- Baixa imunidade: pessoas com imunidade reduzida, como aquelas que têm HIV/AIDS ou que estão em tratamento com quimioterapia, estão mais suscetíveis a infecções.
- Histórico de erisipela: pessoas que tiveram erisipela anteriormente têm maior risco de desenvolver a infecção novamente.
- Idade avançada: pessoas mais velhas podem ter uma pele mais fina e frágil, tornando-as mais suscetíveis a lesões cutâneas e infecções.
- Ambientes quentes e úmidos: o calor e a umidade podem favorecer o crescimento de bactérias na pele, aumentando o risco de infecção.
- Uso prolongado de corticosteroides: o uso prolongado de corticosteroides pode comprometer a imunidade e aumentar o risco de infecções cutâneas.
É importante notar que a erisipela é contagiosa e pode se espalhar de pessoa para pessoa, especialmente em ambientes com aglomeração de pessoas ou quando há contato direto com a pele infectada. Portanto, a prevenção da erisipela também inclui medidas de higiene pessoal e limpeza adequada da pele.
Quais são os sintomas da Erisipela?
A ERISIPELA inclui sintomas como lesões avermelhadas, inchadas, sensíveis e com bolhas e que são dolorosas. Além disso, podem aparecer sintomas sistêmicos, como febre, calafrios e mal-estar geral. É importante que o quadro seja tratado, pois as possíveis complicações são gangrena, tromboflebite, infecção generalizada e abscesso.
Os sintomas da erisipela incluem:
- Vermelhidão na pele, que se espalha rapidamente e pode ter uma aparência brilhante e lisa;
- Inchaço;
- Dor;
- Sensação de queimação ou coceira;
- Calafrios;
- Febre;
- Fadiga;
- Mal-estar geral.
É comum que a pessoa afetada também apresente linfonodos inchados próximos à área afetada. Se a erisipela afetar a face, pode haver inchaço nos olhos e nos lábios. Em casos mais graves, a erisipela pode causar bolhas e úlceras na pele.
Como é o diagnóstico de Erisipela?
O diagnóstico de erisipela é realizado com base nos sintomas apresentados pelo paciente e na avaliação clínica realizada pelo médico. Geralmente, o médico irá observar a área afetada, verificar a presença de sinais inflamatórios, como vermelhidão, calor, inchaço, dor e sensibilidade.
Além disso, exames de sangue e culturas podem ser realizados para determinar a causa da infecção e identificar o tipo de bactéria envolvida, o que pode ajudar no tratamento.
Como é o tratamento da Erisipela?
A erisipela é tratada com antibióticos. Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia, para fazer a remoção e drenagem de áreas com necrose e eliminação de secreção na forma de pus.
O tratamento da erisipela geralmente inclui o uso de antibióticos por via oral ou intravenosa para controlar a infecção. A escolha do antibiótico dependerá da gravidade da infecção, da idade do paciente e de outras condições médicas que ele possa ter. Além disso, pode ser recomendado repouso, elevação da área afetada, compressas frias ou quentes, analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e o inchaço.
Em casos graves, o paciente pode precisar de internação hospitalar para receber antibióticos intravenosos e monitoramento da evolução da doença. É importante também tratar as possíveis causas subjacentes, como feridas crônicas, insuficiência venosa ou linfática, para prevenir recorrências da erisipela.
Como prevenir a Erisipela?
Algumas medidas podem ajudar a prevenir a erisipela, como:
- Manter a higiene adequada da pele;
- Evitar lesões na pele, como cortes e arranhões, principalmente em áreas vulneráveis, como pernas e pés;
- Tratar adequadamente qualquer lesão na pele, como cortes e queimaduras;
- Controlar doenças crônicas, como diabetes e insuficiência venosa;
- Evitar a exposição excessiva ao sol;
- Manter uma alimentação saudável e equilibrada;
- Praticar exercícios físicos regularmente.
- É importante consultar um médico especialista em casos de erisipela recorrente ou se houver algum sinal de infecção na pele, como vermelhidão, dor, inchaço, calor ou febre.
A erisipela é uma infecção de pele causada por bactérias que pode afetar pessoas de todas as idades. É uma condição que pode ser tratada com antibióticos e geralmente responde bem ao tratamento. No entanto, se não tratada adequadamente, pode levar a complicações mais graves, como a sepse. A prevenção é importante, especialmente para pessoas com histórico de infecções recorrentes, e inclui cuidados com a higiene pessoal, feridas e machucados na pele, bem como controle de doenças subjacentes, como diabetes e obesidade.
É essencial tomar as medidas adequadas para tratamento da erisipela, evitando que a patologia se agrave e o desenvolvimento de complicações. A Dra. Juliana Daud é cirurgiã vascular e ultrassonografista vascular e pode te ajudar no diagnóstico e tratamento de Erisipela. Entre em contato e agende a sua consulta com a especialista!