O sistema linfático trabalha na defesa do organismo e drena o excesso de líquido que sai dos capilares. Ele faz o retorno do fluido intercelular para o sangue, assim como coleta excretas celulares. A linfa contém proteínas, nutrientes, minerais, células danificadas, cancerosas e partículas estranhas ao organismo. O fluido passa pelos linfonodos, onde ela é filtrada e glóbulos brancos destroem agentes infecciosos, células cancerosas e células danificadas. O Linfedema resulta de uma anomalia nesse processo, devido a algum bloqueio nos canais de circulação. O quadro é decorrente de uma obstrução, que leva a um inchaço local que pode, até mesmo, prejudicar a mobilidade. Saiba mais a seguir!

O que é Linfedema?

Quando ocorre a obstrução dos vasos linfáticos, a linfa não é drenada e se acumula, gerando um inchaço, que é o linfedema. As obstruções podem resultar de uma série de cenários, como a formação de tecido cicatricial após cirurgia ou danos aos vasos linfáticos, radioterapia ou filaríase. O quadro também pode ser causado pela presença desde o nascimento de poucos vasos linfáticos.

O linfedema não tratado pode resultar em uma série de complicações, como escurecimento da pele local, vermelhidão, ferimentos, indisposição e dificuldades na mobilidade. A pele e os vasos linfáticos podem inflamar. O quadro não tratado por um período muito longo de tempo pode aumentar a propensão à formação de tumores.

O inchaço pode não estar visível a todo momento, desaparecendo no início do dia e progredindo ao decorrer do tempo. O acúmulo de linfa nos tecidos é decorrente da má circulação e dificuldade de drenagem do líquido em excesso.

Quais são as possíveis causas do Linfedema?

O linfedema é geralmente causado por danos ou obstruções no sistema linfático, que é responsável pelo transporte do líquido linfático pelo corpo. Algumas das causas mais comuns incluem:

  • Cirurgia: o linfedema pode ocorrer após uma cirurgia que envolve a remoção de gânglios linfáticos, como uma mastectomia para tratar o câncer de mama.
  • Radioterapia: a radioterapia pode causar danos ao sistema linfático, resultando em linfedema.
  • Infecções: infecções que afetam o sistema linfático, como a filariose, podem levar ao linfedema.
  • Lesões: lesões que danificam o sistema linfático, como fraturas ou ferimentos graves, podem causar linfedema.
  • Condições genéticas: certas condições genéticas, como a síndrome de Turner ou a síndrome de Milroy, podem predispor uma pessoa ao linfedema.
  • Obesidade: o excesso de peso pode aumentar a carga sobre o sistema linfático, levando ao linfedema.

Quais são os fatores de risco do Linfedema?

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de linfedema incluem:

  1. Cirurgia: procedimentos cirúrgicos que envolvem a remoção de gânglios linfáticos ou danificam os vasos linfáticos podem aumentar o risco de linfedema.
  2. Radioterapia: a radioterapia pode danificar os vasos linfáticos e aumentar o risco de linfedema.
  3. Infecção: infecções crônicas, como linfangite, podem levar ao desenvolvimento de linfedema.
  4. Obesidade: o excesso de peso pode aumentar o risco de linfedema.
  5. Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de linfedema têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
  6. Idade: o linfedema pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas mais velhas.
  7. Sexo: o linfedema é mais comum em mulheres do que em homens.

Quais os sintomas de Linfedema?

O principal sintoma do LINFEDEMA é o inchaço local. No caso de edema provocado pelo parasita filária, a pele fica enrugada e grossa, por isso a doença é conhecida como elefantíase. Os sintomas de linfedema podem variar, mas geralmente incluem:

  • Inchaço em um braço, perna, mão, dedos dos pés ou pés;
  • Sensação de peso ou pressão na área afetada;
  • Dificuldade em mover a extremidade afetada;
  • Pele dura ou esticada na área afetada;
  • Pele com aparência brilhante;
  • Diminuição da flexibilidade das articulações;
  • Sensação de cansaço ou fadiga na extremidade afetada.

É importante lembrar que os sintomas podem piorar com o tempo se o linfedema não for tratado adequadamente. Por isso, é fundamental procurar um médico se você notar qualquer um desses sintomas.

Como é o tratamento de Linfedema?

Linfedema é uma doença que não tem cura, mas podem ser feitas várias intervenções para a drenagem do líquido. Isso pode incluir tratamentos como drenagem linfática manual, cirurgia, exercícios específicos e uso de meias compressivas. No caso de linfedema nos braços, existem mangas especiais que comprimem a região para auxiliar no controle do acúmulo de fluido local.

O tratamento do linfedema pode ser dividido em duas abordagens principais: conservadora e cirúrgica.

A abordagem conservadora inclui:

  • Terapia de compressão: uso de roupas compressivas ou enfaixamento para ajudar a reduzir o inchaço.
  • Drenagem linfática manual: massagem suave para ajudar a mover o excesso de líquido para fora da área afetada.
  • Exercícios: atividade física pode ajudar a melhorar a circulação e reduzir o inchaço.
  • Cuidados com a pele: manter a pele limpa e hidratada pode ajudar a prevenir infecções.

A abordagem cirúrgica pode incluir:

  • Cirurgia de descompressão: remoção de tecidos que estão pressionando ou bloqueando o fluxo linfático.
  • Transplante de gânglio linfático: transferência de gânglios linfáticos saudáveis ​​de outra área do corpo para a área afetada para ajudar a restaurar o fluxo linfático.

O tratamento específico dependerá da gravidade do linfedema e das necessidades individuais de cada paciente. O acompanhamento regular com o médico especialista em cirurgia vascular é importante para monitorar o progresso e ajustar o tratamento, se necessário.

O linfedema é uma condição crônica que pode ser tratada, mas não curada. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são importantes para controlar os sintomas e prevenir a progressão da doença. A abordagem terapêutica inclui medidas conservadoras, como o uso de compressão, drenagem linfática manual, exercícios físicos e cuidados com a pele, bem como procedimentos cirúrgicos em casos selecionados. É importante lembrar que o linfedema pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e que o acompanhamento médico regular é fundamental para controlar a doença.

É muito importante tratar o Linfedema, para promover controle ao quadro e evitar que o inchaço seja muito intenso. A Dra. Juliana Daud é cirurgiã vascular e ultrassonografista vascular. Ela pode te ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças como o linfedema. Entre em contato e agende a sua consulta!