A Trombose venosa é um quadro grave em que uma veia é obstruída por um coágulo. O diagnóstico precoce é essencial para a intervenção rápida e para evitar que o trombo viaje pela corrente sanguínea e provoque quadros de alto risco, como a embolia pulmonar. Saiba mais sobre o assunto a seguir!

O que é a Trombose?

A trombose é o quadro em que um coágulo obstrui uma veia, que pode se manifestar em veias superficiais (nesse caso, trombose venosa superficial) ou em veias profundas (com a nomenclatura de trombose venosa profunda). Existem casos de trombose arterial, mas eles são mais raros. 

O quadro pode se manifestar mais comumente na pelve e nas pernas e também pode afetar os braços. No geral, os sintomas de trombose venosa na perna são inchaço, dor, aquecimento e sensibilidade ao toque. No braço, o principal indicador é o inchaço.

A trombose é uma condição em que um coágulo sanguíneo se forma em uma ou mais veias do corpo. 

Os coágulos sanguíneos podem ser perigosos porque podem bloquear o fluxo sanguíneo normal e causar danos ao tecido circundante. Quando um coágulo se forma em uma veia profunda, geralmente na perna, é chamado de trombose venosa profunda (TVP). A TVP pode levar a complicações graves, como embolia pulmonar, que ocorre quando um coágulo se desprende da veia e se aloja nos pulmões, impedindo a circulação adequada do sangue. É importante procurar atendimento médico imediato se houver suspeita de trombose.

Quais são os sintomas da Trombose?

Os sintomas da trombose venosa podem variar de acordo com o local onde ela ocorre. Quando a trombose ocorre nas veias profundas das pernas, os sintomas podem incluir inchaço, dor, calor, vermelhidão e sensação de peso ou cansaço nas pernas afetadas. Também é comum que a pessoa sinta dor ao caminhar ou ficar em pé por muito tempo.

Já quando a trombose ocorre em veias superficiais, como as veias das pernas, pode haver vermelhidão, dor e endurecimento da pele no local afetado. Em alguns casos, pode surgir uma veia saliente e visível sob a pele, conhecida como tromboflebite superficial.

Em casos mais graves, a trombose pode causar falta de ar, dor no peito e tosse com sangue, quando ocorre uma embolia pulmonar, que é uma complicação da trombose venosa profunda. É importante procurar ajuda médica imediatamente caso ocorram esses sintomas.

Quais são os fatores de risco para a trombose venosa?

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de trombose. Veja quais são eles a seguir:

  • Veias lesionadas: cirurgias, lesões na perna ou braço, inflamações, injeção de substâncias que provocam irritação local e doenças que afetam os vasos sanguíneos podem lesionar veias, causando propensão à trombose.
  • Aumento da tendência de coagulação: distúrbios que levam à coagulação em excesso, câncer e medicações como contraceptivos orais e tratamentos com estrogênio, fumo, parto recente e cirurgia são fatores que aumentam as probabilidades de formação de coágulos.
  • Redução do fluxo sanguíneo: a contração muscular das pernas é um fator que auxilia na circulação. Assim, situações de imobilidade podem desencadear o aumento do risco de trombose.

Existem vários fatores de risco conhecidos para a trombose venosa, incluindo:

  1. Imobilidade prolongada: a inatividade prolongada, como ficar sentado ou deitado por longos períodos, pode aumentar o risco de trombose venosa.
  2. Cirurgia: o risco de trombose venosa pode aumentar após a cirurgia, especialmente após cirurgias de grande porte.
  3. Trauma: lesões graves, como fraturas ósseas, também podem aumentar o risco de trombose venosa.
  4. Obesidade: o excesso de peso aumenta a pressão sobre as veias, o que pode aumentar o risco de trombose venosa.
  5. Idade: o risco de trombose venosa aumenta com a idade.
  6. Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de trombose venosa têm maior risco de desenvolver a condição.
  7. Uso de anticoncepcionais hormonais: certos contraceptivos orais, adesivos ou injetáveis que contêm estrogênio podem aumentar o risco de trombose venosa.
  8. Gravidez: o risco de trombose venosa pode aumentar durante a gravidez.
  9. Tabagismo: o tabagismo pode danificar as paredes das veias e aumentar o risco de trombose venosa.
  10. Doenças crônicas: doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, doença renal ou doença inflamatória intestinal, podem aumentar o risco de trombose venosa.

Como é o tratamento da Trombose venosa?

O tratamento de TROMBOSE venosa é por via de medicações anticoagulantes, remédios para dissolver coágulos ou, em caso de necessidade, pode ser implantado um filtro dentro de uma veia de maior porte. Porém, a necessidade de cirurgia para trombose venosa é rara. 

O tratamento da trombose venosa depende da gravidade e da localização do coágulo. Em geral, ele é realizado para prevenir a propagação do coágulo e reduzir o risco de complicações, como embolia pulmonar. Os tratamentos incluem:

  1. Anticoagulantes: medicamentos que ajudam a afinar o sangue e prevenir a formação de novos coágulos. Eles podem ser administrados por via oral ou por injeção. É importante seguir as orientações médicas para a dosagem correta e evitar efeitos colaterais e complicações.
  2. Trombólise: procedimento em que um medicamento é injetado diretamente no coágulo para dissolvê-lo. Esse procedimento é geralmente reservado para casos graves de trombose venosa, como quando há risco de embolia pulmonar.
  3. Filtros de veia cava: dispositivos em forma de guarda-chuva que são inseridos na veia cava para impedir que coágulos se desloquem para os pulmões. Esses filtros são usados ​​em situações em que o paciente não pode usar anticoagulantes ou quando esses medicamentos não são eficazes.

Além disso, é importante fazer repouso e elevar a perna afetada, usar meias de compressão para reduzir o inchaço e realizar atividade física regular para ajudar a prevenir a formação de coágulos. É fundamental buscar orientação do médico especialista em cirurgia vascular assim que os sintomas aparecerem para iniciar o tratamento adequado.

A trombose venosa é uma condição séria que pode levar a complicações graves, como embolia pulmonar e síndrome pós-trombótica. É importante identificar os fatores de risco e procurar tratamento adequado o mais rápido possível para prevenir complicações e garantir uma recuperação completa. 

O tratamento inclui anticoagulantes e medidas para prevenir a formação de novos coágulos, além de cuidados para evitar complicações e promover a recuperação. É importante seguir as orientações médicas e manter um estilo de vida saudável para prevenir a recorrência da trombose.

A Dra. Juliana Daud é cirurgiã vascular e ultrassonografista vascular. Ela pode te ajudar no diagnóstico e tratamento de Trombose venosa. Entre em contato e agende a sua consulta!